quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

A deliciosa Moet Chandon


A companhia está sediada na cidade de Épernay, França. Em 1743, Claude Moët começou a entregar os vinhos da região de Champagne em Paris. O reinado de Luis XV coincidiu com um grande aumento da demanda de vinhos efervescentes. Moët expandiu rapidamente e, pelo final do século XVIII, já estava exportando a bebida para toda a Europa e Estados Unidos. Seu neto, Jean-Rémy Moët, levou a "Casa" para uma clientela de elite como Thomas Jefferson e Napoleão Bonaparte. O nome Chandon foi adicionado à companhia quando Jean-Rémy Moët deu a metade da companhia a seu genro Pierre-Gabriel Chandon de Briailles em 1832, e a outra metade a seu filho, Victor Moët.
Depois da introdução do conceito de um champanhe de vintage em 1840, Moët introduziu no mercado seu primeiro vintage em 1842. Seu tipo Imperial Brut foi introduzido nos anos 1860. Sua etiqueta mais conhecida, os Dom Perignom, é em homenagem ao monge beneditino conhecido como o “pai de Champagne”.
A Maison Moët & Chandon fundiu-se com o Hennessy, de Cognac, em 1971 e com a Louis Vuitton em 1987 para transformar-se LVMH (Louis-Vuitton-Moët-Hennessy), o maior grupo de artigos de luxo do mundo, com vendas da ordem de 16 bilhões de euros em 2004. A Moët & Chandon é a fornecedora oficial de champanhe à rainha Elizabeth II.
Em 2006, a companhia produziu uma edição limitada de Moët & Chandon Brut Impérial em que a garrafa foi decorada com cristais Swarovski.


A Maison Moët & Chandon é uma produtora de vinhos espumantes do tipo champagne, fundada em 1743. A vinícola pertence hoje em dia ao grupo LVMH, o maior produtor de artigos de luxo do mundo
A Maison Moët & Chandon é uma das maiores produtoras de champagne do mundo. A "Casa" possui hoje cerca de 1.500 acres (6 km²) de vinhedos e anualmente produz dois milhões de caixas de champagne. Em 1962 ela foi a primeira produtora listada na Bolsa de Valores da França.


O poder do Malbec Argentino

Em 1534 dois colonizadores europeus, um sacerdote chamado Padre Cidrón e Juan Jufré, o fundador da cidade de Mendoza, plantaram as primeiras videiras na Argentina. Hoje, 450 anos depois, a Argentina continua produzindo vinhos com o mesmo espírito pioneiro.


No primeiro assentamento espanhol nas terras habitadas pelos índios Huarpes, eles descobriram que a população nativa colhia e cultivava nesse clima desértico. Mesmo assim, foram os Incas os que trouxeram os conhecimentos necessários para dar vida a essa área. A irrigação artificial já era uma pratica estabelecida entre os habitantes oriundos do oeste argentino quando os europeus chegaram. Os novos colonizadores inventaram um sistema de provisão de água mais sofisticado do que o estabelecido pelos seus antecessores indígenas. Amparando-se no degelo e na neve da Cordilheira dos Andes, eles construíram uma complicada rede de diques e largos canais para conduzir a água e providenciar suficiente irrigação às áreas que eles desejavam cultivar. É surpreendente que tão extenso oásis verde tenha sido criado e desenvolvido no deserto. A paciência e a ingenuidade tanto dos primeiros colonizadores como dos do final do século, para desenvolver um único e complexo método para capturar a água e distribuí-la através de uma vasta rede de canais de irrigação, é tão espetacular atualmente como deve tê-lo sido nessa época. No século XIX, a indústria começou a crescer graças à influência dos imigrantes italianos e espanhóis que trouxeram ao país novas videiras e importantes técnicas vitícolas e de produção de vinhos. A introdução de variedades européias como a Malbec, Cabernet Sauvignon, Merlot e Chenin Blanc, melhoraram substancialmente a qualidade do vinho argentino. Foram então os colonizadores italianos e espanhóis os que formaram a base da viticultura e da produção de vinhos na Argentina, outorgando à área a riqueza cultural que possui atualmente. As estatísticas da OIV (Organisation Internationel du Vin) em 1996 confirmam a importância da Argentina no cenário vinícola internacional, especialmente no século XX: é o quinto maior produtor e o quinto maior consumidor mundial de vinhos e já ocupou a quarta posição na década de oitenta. Durante muito tempo, a quantidade superou a qualidade nos vinhedos argentinos que se adotava o cultivo de uvas de alto rendimento, porém de baixa qualidade (Criola Grande, Cereza, etc.), e um sistema de plantação arcaico. A alta produção de vinhos inferiores inundou a mesa das famílias argentinas que não se importavam com a qualidade da sua bebida do dia-a-dia. Nas décadas mais recentes, a vitivinicultura Argentina passou a cultivar em maior escala uvas de espécies européias nobres, adotou modernas técnicas de cultivo e vinificação e, conseqüentemente passou a produzir vinhos de boa qualidade. Embora o consumo per capita tenha diminuído, o consumidor argentino aumentou consideravelmente a produção e a exportação de grande número de vinhos de alta qualidade. A Argentina está prestes a se transformar em mais uma estrela no cenário vinícola mundial, fora do circuito europeu, tal como ocorreu com outros países do Novo Mundo, como o seu vizinho Chile, a África do Sul, a Austrália, os Estados Unidos e a Nova Zelândia. Apesar da sua proximidade com os Andes, as regiões vitivinícolas argentinas, ao contrário do Chile, não ficaram imunes ao ataque da praga Phylloxera vastatrix e enfrentam a adversidade de um clima seco, o que demanda cuidado redobrado e a adoção de um eficiente sistema de irrigação. ClimaA Argentina abrange um panorama fabuloso de terreno e clima, que vai desde a fronteira com o Brasil e suas florestas subtropicais às terras congeladas da Patagonia e da Tierra del Fuego. A Argentina vinícola é também um exemplo fascinante de viticultura, possuindo os elementos que os winemakers de outras partes do mundo gostariam muito de ter: dias mornos de verão com noites frescas, umidade baixa e solos bem-drenados que são inóspitos à filoxera e às outras doenças. A grande maioria dos vinhedos fica situada no canto noroeste do país, predominantemente na província de Mendoza, nas encostas orientais dos Andes, com precipitação anual escassa (entre oito e doze milímetros por o ano). Ao mesmo tempo os rios dos Andes, originando em neves profundas do inverno, fornecem a abundância da água da irrigação. A influência climática atlântica traz pouca chuva no verão, e algumas áreas são sujeitas às geadas adiantadas e atrasadas. No sentido mais básico, muitos vinhedos argentinos são oásis elevados. As alturas em áreas de vinhedo variam entre 500-1500 metros. O clima é continental, uma estação seca no inverno com chuvas leves de verão e uma média de temperaturas entre 24,6º C no verão e em 9,4º C no inverno. As geadas de verão, que podem ter pedras tão grandes quanto bolas de golfe, são o único risco climático real aos vinhedos. Pode causar perdas desastrosas danificando a colheita atual das uvas e das gemas de crescimento para o ano seguinte. Proteger as videiras com uma tela é extremamente caro, mas é a única defesa dos produtores. ViticulturaOs métodos tradicionais da irrigação são a inundação e por sulcos, mas ambos podem produzir sabores diluídos no vinho quando usados em demasia. Como os winemakers buscam melhorar a qualidade da uva, eles devem também limitar os rendimentos por hectare. Os sistemas de irrigação estão tornando-se cada vez mais refinados. Os novos desenvolvimentos começaram a usar a irrigação por gotejamento. Os solos argentinos variam ao longo do comprimento dos Andes e variam de arenoso à argila, mas são predominantemente argilosos. A maioria é de solo alcalino rico em cálcio e potássio, mas pobres em material orgânico. Os valores de pH usuais pairam ao redor oito. Aqueles na província de Mendoza tendem a ser mais cheios de pedra e aluviais. As videiras são cultivadas em dois estilos principais chamados latada (parreiral) e em espaldeira. No estilo latada, as videiras são plantadas relativamente distantes umas das outras e crescem sobre um único tronco com um ou dois metros de altura. Este sistema mantém a uva bastante acima da terra para evitar o calor e as geadas e é também compatível com colheita mecânica. Também é associado com os rendimentos elevados e pode causar amadurecimento irregular. O estilo mais clássico de espaldeira usa um sistema de três fios paralelos para cultivar as videiras horizontalmente. É mais compatível com irrigação de gotejamento e gerência do amadurecimento. As VariedadesHoje vários produtores têm plantado inúmeros tipos de uvas para desenvolvimento de mais uma variedade que melhor se adapte ao solo argentino assim como a Malbec. A variedade Bonarda, originária da região do Piemonte, na Itália, já tem feito grande sucesso. As uvas Malbec encontraram favoráveis condições de crescimento na Argentina, e não há duvidas de que a Malbec Argentina é umas das uvas mais deliciosas e de maior sucesso no mundo. Sua coloração intensa, seu aroma a amora, ameixas e mel, e a sua habilidade para amadurecer à perfeição, criam vinhos de uma textura aveludada e duradoura, e agradável sabor. Quando os vinhos são envelhecidos em barris de carvalho, a fragrância de baunilha e o suave tanino são perfeitos acompanhantes para um bife ou até um chocolate ou um doce de amora vermelha. A Torrontés é a variedade de uva branca mais distintiva da Argentina. Produz um vinho branco frutado e elegante de uma fresca acidez. Constitui um grande atrativo para os jovens bebedores de vinho branco que apreciem o seu caráter frutado e floral. UVAS TINTASBarbera, Bonarda, Nebbiolo, Dolcetto, Sangiovese, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Malbec, Merlot, Petit Verdot, Pinot Noir, Syrah, TempranilloUVAS BRANCASChardonnay, Sauvignon Blanc, Chenin Blanc, Viognier, Moscato Bianco, Tocai, Moscatel, Pedro Ximenez, Riesling, TorrontésAs RegiõesREGIÃO NORTEA região norte é constituída por cinco subregiões em direção norte-sul: Jujuy, Salta, Catamarca, Rioja e San Juan, sendo que as duas últimas formam o Valle del Tulum. A sub-região de Salta também costuma ser denominada Salta-Cafayate e a sub-região de Rioja compreende os distritos de Nonogasta e Chilecito. A região norte produz poucos vinhos de qualidade e grande quantidade de destilados vínicos. Os destaques são para as sub-regiões de Salta, onde se faz o melhor vinho da uva Torrontés (uva branca muito plantada no país), e San Juan, cujos vinhedos fornecem 18% da produção do país e faz bons vinhos das uvas Malbec e Cabernet Sauvignon. REGIÃO CENTRO - MendozaMendoza é a mais importante zona vinícola Argentina, com produção de 75% do total de vinhos do país e 85% dos vinhos de qualidade! Possui vários distritos tais como Agrelo, Drumond, Luján de Cuyo, Maipú, Perdriel, Rivadavia, Rodeo de La Cruz, San Rafael e Tupungato. Deles, o mais importante é San Rafael, com seus subdistritos de Paredes, Alto de Las Paredes e Rama Caída, que alguns consideram uma zona vinícola à parte de Mendoza. REGIÃO SUL - Neuquén e Rio NegroSeus vinhedos correspondem a apenas 5% da área cultivada no país, mas é considerada uma região promissora, possuindo clima mais frio, semelhante aos das melhores regiões chilenas. A região está no Alto Valle del Rio Negro e divide-se nas sub-regiões Neuquén e Rio Negro.

O Fabuloso Italiano Brunello de Montalcino

Brunello di Montalcino é um Vinho tinto classificado como DOCG (Denominação de origem controlada e garantida) produzido na região da Toscana, território da comuna de Montalcino, província de Siena, Itália. O Brunello di Montalcino pode ser considerado, junto com os Barolos, o vinho tinto italiano dotado de maior longevidade além de ser o primeiro vinho italiano a receber a certificação DOCG. São produzidos cerca de 70.000 hl/ano.

Ao fim da segunda metade de 1800 o vinho mais conhecido e apreciado nessa região era um vinho branco doce, o Moscadello di Montalcino. Foi nesse período que Clemente Santi começou a estudar o potencial de uma variedade da uva Sangiovese, a Sangiovese Grosso, localmente chamado da Brunello por causa de sua cor particularmente escura.
Por volta de 1860 o neto de Clemente, Ferrucio Biondi-Santi (filho de Jacopo Biondi e Caterina Santi), iniciou a produção de um vinho tinto que imediatamente se mostrou de excelente qualidade.



Todavia, o Brunello permaneceu por muitos anos com o um vinho conhecido e apreciado apenas nos entornos da zona de produção, razão do elevado preço de venda.
Foi depois de 1950 que a fama do Brunello di Montalcino passou para o resto da Itália e para o mundo.


A denominação de origem controlada e garantida Brunello de Montalcino foi autorizada com o Decreto do Presidente da República Italiana em 1 de Julho de 1980, sendo sucessivamente modificado com o Decreto Ministerial de 19 de Maio de 1998. O vinho Brunello di Montalcino pode ser obtido com uvas cultivadas exclusivamente na zona prevista em Lei e exclusivamente a variedade Sangiovese, regionalmente denominada Brunello. É permitida nos rótulos a referência da região de onde vem as uvas.
A graduação alcoólica é de, no mínimo, 12% em volume. Caso queira especificar a vinha ou região de produção da uva, o produtor deve assegurar ao vinho uma graduação alcoólica de, no mínimo, 12,50% em volume.
O Brunello di Montalcino deve passar por um período de envelhecimento de pelo menos dois anos em barris de carvalho de qualquer dimensão e pelo menos quatro meses em garrafa. Não pode ser colocado para consumo antes de 1 de janeiro do ano sucessivo ao término de cinco anos calculados considerando o ano da safra.
O Brunello di Montalcino pode ser qualificado como "Reserva" se colocado para consumo depois de 1 de janeiro do ano sucessivo ao término de seis anos calculados considerando o ano da safra, depois de passar dois anos em barris de carvalho e, pelo menos, seis meses em garrafa. Apenas 6% do vinho em envelhecimento poderá ser mantido em recipientes que não sejam de carvalho.
A operação de vinificação, conservação, envelhecimento em madeira, envelhecimento em garrafa e engarrafamento devem ser efetuadas exclusivamente na zona de produção.
O Brunello di Montalcino deve ser colocado em garrafas do tipo bordalesa (como os vinhos de Bordeaux, França), de vidro escuro e fechadas com rolha de cortiça com as seguintes capacidades (em litros): 0,375 – 0,500 – 0,750 – 1,500 – 3,000 – 5,000.


Características Orgânicas


O vinho DOCG Brunello di Montalcino possui as seguintes características:
Cor - vermelho rubi intenso tendendo ao grená
Aroma - Característico e intenso
Sabor - seco, quente, um pouco tânico, robusto, harmônico e persistente
Longevidade - um Brunello di Montalcino pode ser conservado em garrafa por dez anos ou mesmo trinta anos se mantido em condições de ideais.
Teor alcóolico de 12,5.
É liberado ao consumo após cinco anos da colheita.
O tipo Riserva precisa envelhecer seis anos.


Harmonização


Combina perfeitamente com as carnes vermelhas e selvagens, eventualmente acompanhadas de funghi e tartufo. Muito interessante também com queijos, como o pecorino toscano.


A zona de produção compreende todo o território da comuna de Montalcino, na província de Siena, Itália.


Principais Produtores


Os Brunellos são produzidos em sua maioria por pequenos produtores, dentre os quais podemos destacar:
Altesino
Biondi-Santi
Casanova dei Neri
Cerbaiona Di Molinari
Conti Constanti
Fattoria dei Barbi
Ferro di Buroni Carlo
La Fortuna
Il Poggione
Poggio Antico
La Serena


Vale do Rhône, conheça a loira e a morena da França

A encosta assada, loura ou morena


Considerados exemplares de colecionador, devido à pequena produção e à qualidade superior, os tintos da ensolarada Côte Rôtie - a 'encosta assada' - provém das uvas Syrah cultivadas em encostas graníticas escarpadas da margem direita do Rhône, em sua parte Norte. Sendo uva muito estruturada e condimentada, o regulamento local permite o corte da Syrah com a uva branca Viognier, para enternecê-la, e alguns vinicultores assim o fazem, inclusive porque possuem as duas cepas cultivadas no mesmo vinhedo.
Ainda que muito pequena, a região, reconhecida como 'appelation d'origine controlée' em 1940, apresenta solos de cores diferentes em duas encostas:
• Côte Brune ou Encosta Morena - de terrenos escuros - origina vinhos austeros, robustos e encorpados;
• Côte Blonde ou Encosta Loura - de terrenos mais claros - dá vinhos refinados, aveludados, de bom corpo apenas.
O Côte Rôtie é, muitas vezes, o corte de vinhos dessas duas encostas quando então o rótulo indicará 'Cote-Rôtie Brune et Blonde'. Em qualquer caso, trata-se de tintos de bom corpo, condimentados, de aromas expressivos, que se ajustam a carnes vermelhas e guisados de caças em geral. No sudeste da França, a combinação clássica é com a carne de lebre (lièvre à la royale).

Conheça um pouco sobre o Vale do Rhône (França)

O rio Ródano - o 'Rhône dos franceses' - nasce nas regiões glaciais dos Alpes da Suíça e se dirige para Oeste, atravessando vales e vinhedos suíços, e espraiando-se no belo lago Léman, na fronteira da Suíça com a França.
Penetrando o território francês, ele forma uma grande curva de 90º no sentido antihorário até que, passando a cidade de Lyon, se dirige para o sul da França, desembocando, cerca de duzentos quilômetros depois, no Mediterrâneo, próximo à Marselha. Nas encostas desse trecho francês do rio - as Côtes du Rhône - encontram-se os melhores vinhedos do sudeste da França e seus vinhos mais afamados. Alguns deles encontram-se nos catálogos das importadoras brasileiras e em lojas especializadas.

Trata-se da mais antiga região vitivinícola da França. O cultivo das vinhas e a elaboração de vinhos tiveram lugar efetivo e sistemático no local, após a conquista do vale pelos romanos, um século antes da era cristã. Mas, antes disso, os gregos já haviam desenvolvido ali uma incipiente cultura enológica.
No século XIII o vinho Hermitage, do Rhône norte, tornou-se famoso nas cortes européias. O desenvolvimento, organização e reconhecimento da vinicultura local, entretanto, datam do século XIV, quando o Papado, fugindo de Roma, estabeleceu-se em Avignon, onde permaneceu por décadas, construindo palácios imponentes, igrejas e castelos. Um deles, hoje em ruínas, dá nome à aldeia medieval de Châteauneufdu- Pape - o novo castelo do papa - sede de uma centena de tintos famosos e muito procurados.



O berço das denominações de origem


Também no Rhône nasceu o sistema de Denominação de Origem Controlada. Foram necessários 30 anos para que os viticultores do Rhône meridional se recuperassem da praga que devastara seus vinhedos por volta de 1870. Mas a recuperação foi tão veloz quanto à calamidade, e a produção no início do século XX tornou-se volumosa a ponto de surgirem fraudes e contrafações.
A reação deu-se com a formação de uma sociedade de vinhateiros que estabeleceu regras para o cultivo e para a vinificação no local. Somente com a obediência a tais regras seria autorizada a colocação da denominação da origem no rótulo. O movimento teve tanto sucesso que o sistema de 'appelation d'origine' passou a ser utilizado em toda a França a partir de 1936.
As denominações do Rhône, cerca de vinte, foram oficializadas entre 1936 e 1971. Seus vinhos de superior qualidade, principalmente tintos, podem ser encontrados no mercado brasileiro a preços relativamente atraentes.

O Que são Vinhos Grand Cru Classe?

A região de Bordéus, na França é a segunda maior área de cultivo de vinhos em todo o mundo, com 284.320 acres de vinhedos e treze mil viticultores. Apenas a região do Languedoc, também na França, com 617.750 acres de vinhedos plantados, é maior.
Com uma produção anual de mais de 700 milhões de garrafas, Bordeaux produz uma quantidade enorme de vinhos de mesa para o dia-a-dia, bem como,também, os mais caros e prestigiados vinhos do mundo. Os vinhos tintos e Doce branco (Sauternes) fundamentam a reputação dos vinhos bordaleses, ainda assim, Bordeaux produz vinhos brancos, vinhos rosés e vinhos espumantes, estes últimos denominados 'Crémant de Bordeaux'.
A maior razão para o sucesso da produção vinícola bordalesa é o ambiente excelente para o desenvolvimento de vinhedos. A base geológica do solo da região é de pedra calcária, o que representa um solo de estrutura rica em cálcio. Os cursos dos rios Garonne e Dordogne, que irrigam a terra, e o clima litorâneo, que propicia umidade à atmosfera, concorrem para a criação de um ambiente quase perfeito para a cultura de vinhedos.
O tinto bordalês, conhecido como claret no Reino Unido, é geralmente feito com uma mistura de uvas. As uvas permitidas são: Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Petit Verdot, Malbec e Carmenére, contudo, a uva Malbec é raramente usada e a uva Carmenére está, agora, virtualmente extinta da região de Bordeaux.
O branco bordalês é feito a partir das uvas: Sauvignon Blanc, Semillon e Muscadelle.
A região vitivinícola de Bordeaux é dividida em sub-regiões, entre elas estão: Saint Émilion, Pomerol, Médoc e Graves. Em 1855, um sistema de qualificação, conhecido como Classificação Oficial do Vinho Bordalês, classificou os vinhos em cinco categorias que levavam em consideração o preço dos vinhos. Os tintos Premier Cru (quatro do Médoc e um, Château Haut-Brion, de Graves) estão entre os mais caros vinhos de todo o mundo.

Os cinco tintos 'Grand Cru' do Médoc e do Graves
Os Premier Cru são:
Château Lafite-Rothschild
Château Margaux
Château Latour
Château Haut-Brion
Château Mouton Rothschild

Em 1955, a AOC(Appellation d'Origine Contrôlée, rotulação de origem controlada) Saint Émilion foi classificada, o que criou duas novas classes de Premier Cru classe A:
Château Ausone e Château Cheval Blanc
Pomerol nunca foi oficialmente classificada, mas os vinhos de suas melhores propriedades, como o Château Pétrus e Château Le Pin, atingem preços bastante altos, frequentemente mais altos, inclusive, dos que os alcançados pelos Premier Cru.
Sauternes é uma sub-região do Graves conhecida por seu, intensamente doce, vinho branco de sobremesa, assim como os do Château d'Yquem. O intenso doce é resultado da ação do Botrytis Cinerea, um fungo conhecido popularmente pela denominação - 'nobre podridão'
Muitos críticos, inclusive o americano Robert Parker, acreditam que a classificação de 1855 está desatualizada e defendem que uma nova classificação seria do interesse dos consumidores em geral. À parte das discussões, a classificação de 1855 foi baseada, completamente, apenas nos preços dos vinhos. Desde de 1855, produtores compraram e venderam vinhedos; outros prestigiados produtores morreram; e muitas outras mudanças significativas ocorreram.
Em 1961, o governo francês decidiu rever a classificação e deliu dezessete 'Châteaux'. No final, a reclassificação proposta nunca aconteceu porque o governo se rendeu à pressão política exercida pelos proprietários de 'Châteaux' afetados, temerosos de que as mudanças significassem a diminuição dos preços, àquela época praticados. Certamente, há alguns vinhos não tão bons quanto a sua classificação apregoa aos consumidores, todavia, há, também, muitos produtores, com pouco ou nenhum reconhecimento de acordo com a classificação de 1855, que produzem vinhos de excelente qualidade.
Não obstante, generalizadamente, os vinhos Premier Cru são tidos, pelo público e crítica, como dos mais finos do mundo.

Classificação de 1855 dos vinhos de Bordeaux


Premiers Grands Crus - Haut-Brion • Lafite Rothschild • Latour • Margaux • Mouton Rothschild (1973)
Deuxièmes Grands Crus - Baron Pichon-Longueville • Brane-Cantenac • Cos d'Estournel • Ducru-Beaucaillou • Durfort-Vivens • Gruaud-Larose • Lascombes • Léoville Barton • Léoville Las Cases • Léoville Poyferré • Montrose • Pichon Longueville Comtesse de Lalande • Rauzan-Gassies • Rauzan-Ségla
Troisièmes Grands Crus - Boyd-Cantenac • Calon-Ségur • Cantenac-Brown • Desmirail • Ferrière • Giscours • Issan • Kirwan • La Lagune • Lagrange • Langoa Barton • Malescot St. Exupéry • Marquis d'Alesme Becker • Palmer
Quatrièmes Grands Crus - Beychevelle • Branaire-Ducru • Lafon-Rochet • Duhart-Milon-Rothschild • Marquis de Terme • Pouget • Prieuré-Lichine • Saint-Pierre • Talbot • La Tour Carnet
Cinquièmes Grands Crus - d'Armailhac • Batailley • Belgrave • de Camensac • Cantemerle (1856) • Clerc-Milon • Cos Labory • Croizet Bages • Dauzac • Grand-Puy-Ducasse • Grand-Puy-Lacoste • Haut-Bages Libéral • Haut-Batailley • Lynch-Bages Lynch-Moussas • Pédesclaux • Pontet-Canet • du Tertre
Sauternes et Barsac Premier
Cru Supérieur: Yquem
Premiers Crus: Climens • Coutet • Guiraud • La Tour-Blanche • Haut-Peyraguey • Lafaurie-Peyraguey • Rabaud-Promis • Rayne-Vigneau • Rieussec • Sigalas-Rabaud • Suduiraut
Deuxièmes Crus: d'Arche • Broustet • Caillou Doisy Daëne • Doisy-Dubroca • Doisy-Védrines • Filhot • Lamothe • de Malle • Myrat • Nairac • Romer • Romer du Hayot • Suau

História do Vinho

O vinho possui uma longínqua importância histórica e religiosa e remonta diversos períodos da humanidade. Cada cultura conta seu surgimento de uma forma diferente. Os cristãos, embasados no Antigo Testamento, acreditam que foi Noé quem plantou um vinhedo e com ele produziu o primeiro vinho do mundo ("E começou Noé a cultivar a terra e plantou uma vinha." Gênesis, capítulo 9, versículo 20). Já os gregos consideraram a bebida uma dádiva dos deuses. Hititas, babilônicas, sumérias, as histórias foram adaptadas de acordo com a tradição e crença do povo sob perspectiva.
Do ponto de vista histórico, sua origem precisa é impossível, pois o vinho nasceu antes da escrita. Os enólogos dizem que a bebida surgiu por acaso, talvez por um punhado de uvas amassadas esquecidas num recipiente, que sofreram posteriormente os efeitos da fermentação. Mas o cultivo das videiras para a produção do vinho só foi possível quando os nômades se tornaram sedentários.
Entre os egípcios

Os egípcios foram os primeiros a registrar em pinturas e documentos (datados de 1000 a 3000 a.C.) o processo da vinificação e o uso da bebida em celebrações. Os faraós ofereciam vinhos e queimavam vinhedos aos deuses; os sacerdotes usavam-nos em rituais; os nobres, em festas de todos os tipos; as outras classes eram financeiramente impossibilitadas de sua compra. O consumo de vinho aumentou com o passar do tempo e, junto com o azeite de oliva, foi um grande impulso para o comércio egípcio, tanto o interno quanto externo. Os primeiros enólogos foram egípcios.
A partir de 2500 a.C.., os vinhos egípcios foram exportados para a Europa Mediterrânea, África Central e reinos asiáticos. Os responsáveis por essa propagação foram os fenícios, povo oriundo da Ásia Antiga e natos comerciantes marítimos. Em 2 mil a.C., chegaram à Grécia.
Na Grécia
Cultivado ao longo da costa do Mediterrâneo, o vinho seria cultural e economicamente vital para o desenvolvimento grego.
No mundo mitológico, Dionísio, filho de Zeus e membro do 1o escalão do Olimpo, era o deus das belas artes, do teatro e do vinho. A bebida tornou-se mais cultivada e cultuada do que jamais fora no Egito, sendo apreciada por todas as classes.
A partir de 1000 a.C., os gregos começam a plantar videiras em outras regiões européias. A bebida embriagou a Itália, Sicília, seguindo à península Ibérica. Os gregos fundaram Marselha e comercializaram o vinho com os nativos, sendo este o primeiro contato entre a bebida e a futura França.
Para o gosto contemporâneo, o vinho daquela época era bastante incomum. Homero o descreveu delicado e suave, mas apesar do romantismo e das tradições festivas que a bebida evocou na época, o vinho da Antiguidade "era ingerido com água do mar e reduzido a um xarope tão espesso e turvo que tinha que ser coado num pano e dissolvido em água quente", afirma o historiador inglês e enólogo Hugh Johnson, autor do livro A História do Vinho.

Em Roma

Fundada em 753 a.C, Roma era inicialmente uma vila de pastores e agricultores. A partir do século VI a.C., começou a se expandir e, já em 146 a.C., a península Itálica, o Mediterrâneo e a Grécia estavam anexados ao seu território.
Os vinhedos eram cultivados em áreas interioranas e regiões conquistadas. Os romanos levavam o vinho quase como uma “demarcação de território”, uma forma de impor seus costumes e sua cultura nas áreas que conquistavam. Dessa forma, o vinho terminou virando a bebida dos legionários, dos gladiadores, das tabernas enfurnadas de soldados. Junto com os romanos, os vinhedos chegaram à Grã-Bretanha, à Germânia e, por fim, à Gália ― que mais tarde viria se chamar França.
Diferentemente do que se leu nas histórias de Asterix, Roma não tardou em conquistar toda a região da Gália. Sob o comando do imperador Júlio César, enfrentaram os gauleses e, seguindo pelo vale do Rhône, chegaram até Bourdeaux. A disseminação das videiras pelas outras províncias gaulesas foi imediata, e pode ser considerada um dos mais importantes fatos na história do vinho. Nos séculos seguintes, cidades como Borgonha e Tréveris surgiram como centros de exportação de vinhos, que inclusive eram superiores aos importados.
A predileção da época era pelo vinho doce. Os romanos colhiam as uvas o mais tardar possível, ou adotavam um antigo método, colhendo-as imaturas e deixando-as no Sol para secar e concentrar o açúcar.
Diferente dos gregos, que armazenavam a bebida em ânforas, o processo romano de envelhecimento era moderno. O vinho era guardado em barris de madeira, o que aprimorava o sabor do vinho (o mesmo ainda é feito no cultivo das videiras ao sul da Itália e de Portugual). Ao lado do Império, o vinho atingiu o apogeu nos séculos I e II.
Na mesma época, as hordas bárbaras que atacavam Roma aumentavam, e as guerras se tornaram incessantes, fazendo declinar o Império. Sua divisão em duas partes, a Ocidental (sede em Roma) e Oriental (sede em Constantinopla) piorou o controle da situação política e econômica, defasando vários setores. O vinho importado se tornou superior, diminuindo o lucro dos vinhedos romanos e tornando a vinicultura interna cara e fraca. As inúmeras baixas do exército e a constante perda de terras fizeram o Império Romano dar seus últimos passos. Em 476, após a queda do último imperador, o Império Romano Ocidental entrou em colapso. Mas o vinho já não fazia parte de Roma. Era maior, assumira vida própria.

Na Idade Média
Sucedendo a queda romana, uma grande crise abateu a Europa. Províncias foram reduzidas a reinos de futuro impreciso que se relacionavam mal, causando grande instabilidade econômica. A produção do vinho sofreu então um retrocesso neste continente. Já não envelhecia mais em barris de boa madeira, o que implica no aumento do tempo de oxidação da bebida. Como conseqüência, seu consumo tinha que ser imediato, perdendo a áurea de fineza dos vinhos antigos. A vinicultura somente voltaria a ser beneficiada com o surgimento de um grande poder religioso: a igreja Católica.
Desde o século IV, quando o imperador romano Constantino converteu-se ao cristianismo, a Igreja fortaleceu-se como instituição. Foi considerada a detentora da verdade e da sabedoria. O simbolismo do vinho na liturgia católica não poderia ter enfoque maior: era o sangue de Cristo. A Igreja começou a se estabelecer como proprietária de extensos vinhedos nos mosteiros das principais ordens religiosas da Europa. Os mosteiros eram recantos de paz, onde o vinho era produzido para o sacramento da eucaristia e para o próprio sustento dos monges. Importantes mosteiros franceses se localizavam em Borgonha e Champagne, regiões que foram e são “nascentes” de vinhos de qualidade. A bebida também se sobressaiu no setor médico: acreditava-se que vinho aromatizado possuía propriedades curativas contra diversas doenças. Com o aprimoramento das receitas, surgiram outros vinhos além do tinto, como os brancos, rosés e espumantes.
Por volta do século XIII, as cruzadas católicas livraram o Mar Mediterrâneo do monopólio árabe, possibilitando a exportação do vinho pelas vias marítimas.

Na Idade Moderna

Com as grandes navegações, o continente americano recebeu os vinhedos durante o período de colonização espanhola. Cristóvão Colombo trouxe uvas às Antilhas em 1493, e após a adaptação às terras tropicais, as videiras foram exportadas para o México, os Estados Unidos e as colônias espanholas na América do Sul.

Nos tempos atuais

Já com a Revolução Industrial, no século XVIII, o vinho perdeu muito em qualidade, porque passou a ser fabricado com técnicas bem menos rústicas, para possibilitar sua produção em massa e venda barata. Embora as antigas tradições tentassem ser preservadas em regiões interioranas francesas, italianas e alemãs, a produção vinícola sofreu modificações irremediáveis para adaptar-se ao mundo industrializado.
No século XX, a vitivinicultura evoluiu muito, acompanhando os avanços da tecnologia e da genética. O cruzamento genético das cepas das uvas, a formação de leveduras transgênicas e a produção mecanizada elevaram substancialmente a qualidade e o sabor do vinho, feito sob medida para agradar os mais diversos paladares.
Portugal
A introdução da produção vinícola em Portugal continua encoberta por questões ainda não resolvidas em termos de investigação. A primeira referência existente ao consumo de esta bebida fermentada no território em que hoje está localizado Portugal é de Estrabão, que em sua obra, Geographia, observa que os habitantes do Noroeste da Península Ibérica já consumiam vinho, embora de forma bárbara (Livro III).
A primeira referência à produção vinícola em Portugal é de 989, provindo do Livro de Datas do Convento de Fiães, sendo a zona do Douro a mais antiga região demarcada no mundo.
Os vinhos portugueses sempre caracterizaram-se por uma grande variedade de uvas regionais, o que dá um sabor especial ao produto de cada região.
Durante o governo de Salazar, foi incentivado o cultivo de uvas mais comerciais, sendo que, após a Revolução dos Cravos (1974) se voltou a incentivar o cultivo das variedades regionais.

Brasil

A história do vinho no Brasil inicia-se com o descobrimento, em 1500, pelo navegador português Pedro Álvares Cabral indicam que as treze caravelas que partiram de Portugal carregavam pelo menos 65 mil litros de vinho, para consumo dos marinheiros.
As primeiras videiras foram introduzidas no Brasil por Martin Afonso de Souza, em 1532, na capitania de São Vicente. As cultivares, que posteriormente se espalhariam por outras regiões do Brasil, eram da qualidade Vitis vinifera (ou seja, adequadas para a produção de vinho), oriundas de Portugal e da Espanha.
No mesmo ano, o fundador da cidade de Santos, Brás Cubas, foi o primeiro a tentar cultivar videiras de forma mais ordenada. No entanto, da mesma forma que a tentativa precedente, não obteve muito êxito. Em parte, o insucesso da produção de vinhos deu-se pelo protecionismo comercial exercido por Portugal, tendo a corte inclusive proibido o cultivo de uvas, em 1789.
No Rio Grande do Sul, as primeiras videiras foram introduzidas pelos padres jesuítas ainda em 1626, posto que necessitavam do vinho para os rituais da missa católica. A introdução de cultivares européias no Rio Grande se deu com a chegada dos imigrantes alemães, que obtiveram bons resultados.
As videiras americanas, especialmente das espécies Vitis labrusca e Vitis bourquina (variedades Isabel, Concord e outras) foram importadas em 1840 pelo comerciante Thomas Master, que as plantou na ilha dos Marinheiros. Estas uvas serviam basicamente para o consumo in natura, na forma da fruta fresca ou passas, mas se adaptaram tão bem ao clima local que logo começaram a ser utilizadas para a produção de vinho.
A viniviticultura gaúcha teve um grande impulso a partir de 1875, com a chegada de imigrantes italianos, que aportaram com videiras trazidas principalmente da região do Vêneto - e uma forte cultura de produção e consumo de vinhos. Apesar do sucesso inicial, as videiras finas não se adaptaram ao clima úmido tropical e foram dizimadas por doenças fungícas. Porém, com a adoção da variedade Isabel, então cultivada pelos colonos alemães no Vale dos Sinos e no Vale do Caí, deu-se continuidade à produção de vinhos que, embora de qualidade duvidosa, espalhou-se para outras regiões do país, tornando-se base do desenvolvimento da vitivinicultura no Rio Grande do Sul e em São Paulo.
Mas foi somente a partir da década de 1990 que vinhos de maior qualidade passaram a ser produzidos, com crescente profissionalização e a adaptação de uvas finas (Vitis vinifera) ao clima peculiar da Serra Gaúcha. A região produz hoje vinhos de qualidade bastante satisfatória e crescente.
Outra região que está a crescer e a firmar-se como produtora de vinhos é o Vale do São Francisco, situado nos estados de Pernanbuco e Bahia. Como em todas as regiões, a viticultura é fundamental desempenhando aqui um factor primordial pois devido às características climáticas, esta região é a única do mundo a produzir vinhos de qualidade oriundos de duas colheitas por ano.
Destaca-se no Brasil a produção de espumantes, que se beneficiam de um clima bastante favorável. Os espumantes brasileiros são hoje classificados como vinhos de boa qualidade, mas ainda carentes de distribuição mundial e reconhecimento.
O consumo vinho no Brasil ainda é muito pequeno e restrito apesar do forte impulso que o mercado recebeu nos últimos 30 anos. O hábito de beber vinho, sempre presente nas mesas mais abastadas e também dos imigrantes europeus, chegou ao brasileiro médio com o início da importação de vinhos europeus entre os anos 70 e 80 dos famosos rieslings de garrafa azul, de baixo custo e, diga-se, de péssima qualidade, mas que caiu no gosto popular. O tempo e a apuração do paladar fez com que o brasileiro passasse a exigir produtos melhores provocando a importação de novos rótulos e maiores cuidados com a produção nacional levando o vinho, de fato, a fazer parte da mesa brasileira.

Estados Unidos da América

Em 1976, um "julgamento" acontecido em Paris representou uma quebra de paradigma no mapa enólogo do globo terrestre. No "Julgamento de Paris", uma degustação às cegas dos vinhos Norte Americanos, tintos e brancos californianos e dos famosos vinhos franceses resultou na vitória inusitada dos vinhos do Novo Mundo. O julgamento tornou-se um marco na história do vinho, e aconteceu no dia 24 de maio de 1976.
Em 2006, na mesma data, trinta anos depois, o mesmo evento foi repetido em Napa Valley e Londres, as cegas, e novamente mostrou que vinhos de boa qualidade também podem ser encontrados fora do Velho Mundo. Neste ano, em degustação idêntica e com participação dos mesmos 12 representantes americanos e 8 representantes franceses, os vinhos envelhecidos durante os 30 anos que passaram, dos Estados Unidos da América novamente levaram vantagens sobre Bordeaux e Borgonha.

Inauguração do Adega do Vinho

Seja bem Vindo ao Adega do Vinho!


Este blog tem o objetivo de informar e compartilhar informações sobre o mágico universo do vinho, desde a sua cultivação e produção, até o momento da degustação.


Viva o bom e honesto vinho!